Vou compartilhar a conhecida parábola do taxista, uma história que ecoa no universo ágil e nos lembra da importância da adaptação e colaboração em momentos desafiadores.
Imagine a seguinte cena: seu diretor está a caminho do aeroporto para uma viagem crucial, onde pretende fechar um contrato vital para a empresa após longas negociações.
Num momento de urgência, ele liga para você: “Esqueci os contratos na minha mesa e já estou no aeroporto. Você poderia trazê-los para mim? Estarei aguardando no saguão!”
Sem hesitar, você chama um táxi. O motorista estima que, dadas as condições do tráfego, levará cerca de 30 minutos e custará aproximadamente R$43. Considerando a urgência da situação, você concorda com a estimativa e parte rumo ao aeroporto.
No entanto, ao entrar na avenida principal, vocês se deparam com um congestionamento gigantesco, até mesmo na via exclusiva de ônibus. O taxista sugere um atalho para economizar tempo diante da gravidade da situação.
Optando pelo atalho, logo se deparam com uma forte chuva que complica ainda mais o trânsito. Uma árvore caída na pista bloqueia qualquer possibilidade de avançar. Diante deste obstáculo, você pergunta ao taxista se existe outra rota. Ele sugere uma alternativa pelo Centro, que pode diminuir o atraso.
Apesar dos contratempos, você confia na experiência do taxista e aceita a nova rota. Finalmente, após uma longa jornada, chegam ao aeroporto. No entanto, percebem que o trajeto levou 90 minutos, ao invés dos 30 previstos, e o custo triplicou, totalizando R$130.
Diante da situação, é compreensível sentir-se chateado com o atraso, porém, reconhecer os esforços do taxista é fundamental. Apesar dos contratempos, ele demonstrou iniciativa e dedicação para tentar cumprir o objetivo.
A metáfora de “colocar o cliente dentro do táxi” ressalta a importância da participação ativa do cliente no processo de desenvolvimento, especialmente nas metodologias ágeis como o Scrum. Envolver o cliente desde o início permite uma comunicação direta e transparente, garantindo que as expectativas estejam alinhadas e facilitando ajustes conforme necessário.
Assim como o taxista que está em contato direto com o passageiro, a equipe pode ajustar sua rota com base no feedback do cliente, assegurando que o produto final atenda às suas necessidades e expectativas. Isso fortalece a parceria entre a equipe de desenvolvimento e o cliente, construindo confiança e resultando em uma maior satisfação do cliente e na entrega de um produto final que verdadeiramente agrega valor ao negócio.
E aí, qual vai ser o próximo destino da sua viagem?